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Domingo, Dezembro 3, 2023

Quando uma dúzia de ratos valia 120 réis

Tens de ler

O cerco da peste no Porto Cidade em 1899

Estávamos em 1899, mesmo no centro do Porto…,” Diz-se que a epidemia que ameaça o Porto se comunica por intermédio dos ratos e das pulgas. […] Ora como não é possível caçar as pulgas proponho que se tente uma grande caça aos ratos, o que já é mais praticável, por estar ao alcance dos donos de casa, das ratoeiras, dos gatos. É uma cruzada mais eficaz do que muitas das cruzadas que reza a história. Guerra aos ratos e às ratazanas de toda a espécie” (Jornal de Notícias de 12 de agosto de 1899)

Vale a pena ler a obra citada. O cerco da peste no Porto Cidade, imprensa e saúde pública na crise sanitária de 1899, de David Pontes. Uma “delícia” para quem gosta de história!

“…120 réis por cada dúzia (de ratos). Por ação humana, através da deposição de veneno nos bueiros, ou dizimados pela peste, os cadáveres dos ratos foram aparecendo em grande quantidade no rio, de tal maneira que a pesca na margem direita foi proibida, com medo de contágio e até houve quem defendesse que se deveria colocar uma rede na saída do rio da vila para apanhar os animais mortos…” (Jornal de Notícias de 5 de setembro de 1899)

https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/73326/2/28279.pdf

https://24.sapo.pt/vida/artigos/quando-a-peste-fechou-a-invicta-assim-foi-o-ultimo-cerco-ao-porto